A principal tarefa da filosofia é responder ao apelo da alma.
É procurar compreender o sentido de nossas dores , nossos medos e, assim, nos libertar da sua influência.
A filosofia exerce atração sobre nós quando chegamos ao fim de nossas forças. A sensação persistente de que algo não está certo em nossa vida e o desejo intenso de recuperar o equilíbrio e o bem-estar anteriores não nos abandonam. O medo da morte e da solidão, as perturbações a respeito do amor e sexo e a importância diante da nossa raiva e das ambições desmesuradas levam-nos a formular as primeiras perguntas filosóficas sinceras.
É verdade: não há nenhum sentido aparente e óbvio para nossa vida . A crueldade, a injustiça, o desconforto físico, as doenças, os aborrecimentos e transtornos, grandes e pequenos, são fatos comuns de todos os dias Então, o que fazer a respeito? Como podemos poder viver uma vida digna, apesar da dor e do sofrimento do mundo exterior e da instabilidade de nossas emoções? Como deixar de sucumbir a uma insensibilidade desesperadora e, como um animal de carga, apenas aguentar o tédio e o fardo das responsabilidades indesejadas.
Quando a alma grita seu apelo, é sinal de que chegamos a um estágio necessário e maduro de reflexão sobre nós mesmos.
O segredo é não ficar bloqueado nesse ponto, perturbado, torcendo as mãos, mas ir em frente decidido a curar a própria vida. O que a filosofia nos pede é uma opção pela coragem.
Seu remédio é expor, sem hesitar, inflexível e obstinamente, as primeiras falsas e enganadoras nas quais baseamos nossa vida e nossa identidade.
Epicteto
Uma nova interpretação de Sharon Lebell
Livro: Arte de viver - O manual clássico da Virtude Felicidade e Sabedoria
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